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quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

O retorno imediato à Atividade Física após contrair a Covid19 – Os Riscos Inerentes!

 

Não me tinha ocorrido que, após contrair a Covid19, mesmo em situações pouco graves, se devesse ter algum cuidado na prática à atividade Física.

Foi numa casualidade que li uma publicação do Dr. Benjamin Carvalho, médico especialista em medicina desportiva, que este assunto me saltou e me levantou curiosidade e decidi investigar.

O Dr. Benjamim Carvalho referia que, muito antes da Covid19, já se aconselhava os atletas a não fazer atividade física com intensidade nas primeiras 3 ou 4 semanas após uma gripe mais forte, em virtude de possíveis miocardites virais, não detetadas. Sabemos que, quer a Covid19, quer a vacinação contra a Covid19, têm provocado miocardites, a maioria das vezes reversíveis, mas elas ocorrem.

Estranha-me como este assunto não foi divulgado intensamente, pois efetivamente há milhares de relatos de fadiga frequente após a doença, ou após a vacinação. Tenho imensos colegas que falam sobre isso. Ainda ontem uma colega, professora de Educação Física, como eu, me referia que continua a sentir-se mais cansada após a vacinação.

Numa publicação do Hospital da Luz, está um artigo muito completo, que fala na vigilância do atleta, nas situações graves, mas também, e segundo o artigo o que mais preocupa, nas pessoas que tiveram doença ligeira!

Esta minha publicação não é para alarmar, mas para nos deixar alerta, para mais porque por coincidência, ou não, estamos sempre a ouvir falar de situações de pessoas com enfartes cardíacos, desde que começou esta maldita Pandemia!

Deixo-vos o link para o Hospital da Luz:

https://www.hospitaldaluz.pt/pt/saude-e-bem-estar/impacto-covid-19-nos-atletas

Carlos Oliveira

 

quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

A Prática Desportiva e o Sistema Imunitário - Como a Covid 19 veio alterar tudo...


Vamos começar 2022 da pior forma possível: novamente confinados e impedidos de viver naturalmente.

A Covid 19 veio alterar o nosso dia-a-dia, colocando a nu muitas das falhas da sociedade. Uma delas foi o frágil sistema de saúde global, o outro foi a pouca aposta na prática desportiva de crianças, jovens e adultos.

Desde março de 2019 que o mundo viu uma diminuição enorme da prática desportiva. O impacto é enorme, especialmente na população infantojuvenil, com um ainda mais aumento da obesidade e sedentarismo.

Muitos jovens praticantes deixaram de o ser, quando timidamente a prática desportiva retomou. Torna-se mais fácil agora ficar em casa de frente da PSP, ou do tablet. Alguns pais ainda vão lutando contra isto, outros por desinteresse, por falta de cuidado, por falta de informação, por falta de capacidade e tempo de levar os seus filhos aos treinos, não contrariaram esta tendência. E agora, que estávamos a conseguir o regresso de alguns, vão estar novamente confinados… mais um grande grupo que não regressa!

Não imaginam a diferença de resultados nos testes de aptidão física em 2018 e em 2021. Boa parte dos alunos não estão na chamada Zona Saudável!

Como é sabido de todos, a prática desportiva fortalece o Sistema Imunitário:


"A prática regular de exercício físico moderado, acarreta benefícios ao nível do sistema cardiovascular, da função respiratória e do tónus muscular, diminui os níveis de stresse, favorecendo a estabilidade emocional, promove o controlo metabólico, otimização da massa corporal e melhoria da função imunológica. Uma menor incidência de infeções bacterianas e virais, e também menor incidência de neoplasias têm sido verificadas em indivíduos que habitualmente praticam exercício."

Portanto, esta é uma das grandes ferramentas para combater este vírus.

Aos Governos, o que se espera é que agilizem mecanismos para que haja um incremento da atividade desportiva. No que respeita aos jovens, a solução deveria passar no imediato para 4 tempos letivos semanais das aulas de Educação Física, distribuídos em 3 dias da semana. Para a maioria dos nossos jovens, é o único momento em praticam desporto!

Não conheço os dados relativo a uma eventual diminuição da prática desportiva em adultos. Mas, acredito que também tenha diminuído.

Uma prática desportiva regular e uma alimentação saudáveis podem ajudar-nos na maioria das doenças.

Pratiquem desporto!

 

Carlos Oliveira


segunda-feira, 2 de novembro de 2020

Técnica de Corrida em Trail Running

 

O trail running é uma modalidade que difere da corrida em vários aspetos. O modo como lidar com as subidas e descidas é um dos fatores mais cruciais, envolvendo um trabalho de adaptação e novas percepções. De acordo com Bruno Calvetti, do site webtreino.com, algumas técnicas poderão ajudar a melhor os rendimentos  

Em Subida

Em colinas, o ideal é manter um ESFORÇO uniforme, equivalente ao seu grau de esforço no plano e sustentável ao longo de toda a subida. Nas montanhas, ao extrapolar esse limite há o risco de queimar todas as suas energias, podendo não se recuperar mais tarde. Por isso, muitos corredores que tentam manter ritmos precisos nas montanhas, ao invés de se preocuparem somente com o esforço, acabam fazendo com que a respiração e a frequência cardíaca aumentem e sofrem as consequências alguns kms mais à frente.

 

Por isso, é essencial fazer treinos longos em colinas e locais com grande variação de altimetria. Assim, além de melhorar sua força e resistência, você ainda irá desenvolver a capacidade de identificar os seus graus de esforço para vencer as subidas. Segmentos com mais de 10 minutos de ascensão são ideais para isso. É fundamental esquecer os ritmos que se fazem no plano. Não importa o quão lento se está indo; preste atenção ao seu coração, respiração e força, e tudo dará certo.


Em Descida


O calcanhar de Aquiles para muitos atletas...

Para alguns atletas é até assustador ver como os corredores mais experientes e mais evoluídos tecnicamente descem as montanhas em ritmos muito fortes. È fundamental muito treino e força. Praticando,  irá desenvolver-se as técnicas necessárias para descer mais rápido e com segurança.

 

Um bom trabalho de fortalecimento do Core, joelhos e tornozelos é essencial. A partir disso, uma boa forma de descer mais rápido é usar a gravidade a seu favo. Começar com passos mais rápidos e segmentos curtos e ir aumentando as distâncias quando estiver mais acostumado. Manter os braços relativamente abertos, para aumentar o equilíbrio, encurte e acelere os passos e concentre-se no caminho, são regras fundamentais.

 

Carlos Oliveira

Fonte: http://www.webtreino.com.br/dicas-para-subir-e-descer-melhor-no-trail-running/

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

A RELAÇÃO ENTRE AS PATOLOGIAS NOS JOELHOS E O CICLISMO

 

Deixo este interessante artigo do dr. Benjamim Carvalho, médico, especialista em ciclismo, sobre as patologias nos joelhos e a prática do ciclismo.

Quem conhece o dr. Benjamim Carvalho, e o acompanha, sabe que a sua liguagem é frontal e pouco floreada...

NO CICLISMO SÃO FREQUENTES OS PROBLEMAS NOS JOELHOS ( como gerir o problema?...)
São estranhos e por vezes assustadores os termos associados à patologia dos joelhos no ciclismo: condromalacia, síndrome da pelicula sinovial, tendinite patelar, síndrome da banda iliotibial, pata de ganso….
Será o ciclismo mau para o joelho?
NÃO!
Pelo contrário, o ciclismo é aconselhado para recuperação dessas patologias.
Os joelhos doentes necessitam de movimento.
Quando não podemos correr, andar… podemos certamente pedalar.
Não quer dizer que não haja patologia do joelho associada ao ciclismo.
A uma cadencia de 90 rpm, um ciclista faz 5400 revoluções por hora e e 1 500 000 se fizer 7000 km ano.
Isto seguramente leva a algum desgaste das cartilagens, tendões e ligamentos.
O mal não está na pedalada mas no modo como ela é executada.
O joelho ao funcionar como um piston que sob e desce em movimento linear. Ao mesmo tempo rola, deslisa e roda em vários planos durante cada pedalada.
A perna está fixa em baixo pelo pé ,ligado ao pedal, de maneira mais ou menos rígida. Superiormente está ligada por osso e ligamentos fortes ao osso da bacia. O joelho move-se entre estes dois pontos e se não é acomodado em posição correta irá seguramente entrar em sofrimento.
Curiosamente os ciclistas de estrada sofrem mais ,do joelho, que os ciclistas de BTT apesar de estes utilizarem cadencias mais baixas e momentos de explosão mais frequentes. A explicação é que estes estão constantemente a mudar de posição contrariamente ao ciclista de estrada.
Verifica-se , também, que certas patologias nomeadamente a bursite iliotibial, surgiram após o surgimento do pedal de encache mais ou menos fixo. Daí a utilidade em utilizar cleats com mobilidade adequada.
Poderia enunciar uma série de princípios gerais e formulas para melhor prevenção conforme o estilo, o tamanho do pé, etc…mas para isso e para quem faz ciclismo com frequência o melhor é procurar alguém entendido em "dynamic bike fit"…
Contudo há princípios que nunca fizeram mal a ninguém:
Proteger os joelhos em tempo frio, bom aquecimento, aumentar a quilometragem gradualmente, não utilizar roda fixa, não moer demasiado a subir levantando várias vezes se necessário quando a cadencia baixa, se usar elementos de ortótica usar os mais adequados, não usar sistemas pedal/cleats fixos.
Fora da bicicleta ter cuidado na execução de squats, corrida a descer e ter cuidado com os ângulos de execução das cargas em ginásio dado o stress rotuliano.
Se a dor persistir consultar um médico experiente em lesões desportivas. As patologias necessitam de observação presencial. Os conselhos por telefone ou outos não passam de palpites.
João Carlos Bernardino, Fernando Teixeira e 258 outras pessoas
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