PUBLICIDADE

Mostrar mensagens com a etiqueta Massagem desportiva. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Massagem desportiva. Mostrar todas as mensagens

domingo, 24 de maio de 2015

O QUE ACONTECE AO CORPO DURANTE UM IRONMAN (3,8 kms de natação + 180 kms de ciclismo + 42,195 kms de atletismo)

O Ironman é, porventura, a mais dura prova de endurance que existe. São cerca de 9 horas de prova (para os melhores) e mais de 11 horas para a maioria dos participantes, de grande desgaste físico e mental. É muito frequente a desistência num Ironman, tal a sua dureza. Claro que há muitas provas duras, tal como os ultra-trails, as ultra maratonas, etc. Mas um Ironman torna-se mais agressivo, uma vez que junta os 3 segmentos (natação, ciclismo e atletismo). Se um triatlo olímpico já é duro, um Ironman não tem palavras! Tenho alguns amigos e alguns conhecidos que já fizeram um half ironman e descrevem-no com uma dureza ímpar. E só estão a meio do Ironman!
Tendo lido um excelente artigo de como reage o corpo durante esta fantástica prova, escrito pela Mass Body, pedi-lhes autorização para fazer uma pequena adaptação ao texto, de forma a torná-lo mais simples e menos técnico. Espero que fiquem esclarecidos, entusiasmados e sem medo de experimentar, isto caso tenham disponibilidade de treino e muita, mesmo muita, força de vontade!


Dentro das mitocôndrias, as moléculas de glicose e triglicerídeos são processadas a um ritmo alucinante produzindo gás carbónico, água e energia. O oxigénio penetra nas membranas das células musculares causando uma deterioração comparável ao envelhecimento de 20 anos em 10 segundos.

As alterações iniciam-se antes mesmo da partida. A mera antecipação do exercício aumenta o fluxo sanguíneo bem como o consumo de oxigênio e a libertação de hormonas, incluindo epinefrina (adrenalina), que ativam os músculos para a atividade.
Quando a prova começa, o estado bioquímico muda de acordo com a modalidade_ natação, ciclismo e corrida. Os maiores desafios fisiológicos são a regulação da temperatura corporal, desidratação, fornecimento de combustível, lesão muscular, a absorção de nutrição e processamento e a fadiga cerebral.
Nos dias quentes, quase 3/4 da energia muscular produzida assume a forma de resíduos de calor que se acumulam nos músculos causando danos teciduais graves.
O corpo combate este aumento de temperatura transpirando mas, ainda assim, cria desaceleração e obriga-o a correr mais devagar.
"Entre os 10 a 20% da prova, a temperatura do núcleo aumenta de forma relativamente rápida", diz Jonathan Dugas, Ph.D., fisiologista na Universidade de Chicago. "Pode subir para 37,5 a 38,75º graus. "
Mas este mecanismo de autoproteção pode falhar se o cérebro se tornar mais quente. Quando isso acontece, o sistema nervoso central começa a funcionar mal e o atleta fica tonto, desorientado, sem coordenação, e pode entrar em colapso.
O atleta queima entre 6.000 a 10.000 kcal provenientes de gorduras armazenadas no tecido adiposo e no tecido muscular, de glicogénio armazenado no fígado e músculos, dos aminoácidos libertados a partir da quebra de proteínas musculares e calorias ingeridas durante o evento, geralmente sob a forma de hidratos de carbono.
A meio da corrida (parte final da prova), o glicogénio muscular atinge níveis críticos nos gémeos, quadríceps e isquiotibiais. A contribuição total de carboidratos continua a cair e a gordura aumenta a oxidação.
A incapacidade de fornecer energia suficiente para os músculos é uma das principais razões pelas quais os que não treinam para um Ironman não o conseguem completar. A resistência é limitada pela disponibilidade de glicogénio no fígado e nos músculos.

Speedy (1) demonstrou que, depois de terminar um Ironman, o atleta revela uma perda de 2,5 kg de massa corporal total.
Kimber (2) revelou que os triatletas masculinos Ironman gastam cerca de 10.000 kcal por prova e ingerem cerca de 4.000 kcal, resultando em um déficit de energia em torno de 6.000 kcal.
A energia fornecida por ingestão supre cerca de 40% da energia total despendida, ficando mais de metade a cargo do combustível endógeno.
O stress do tecido muscular pode ser o maior desafio. Um vasto número de células musculares morrem ou são danificadas. A principal causa de lesão muscular é mecânica e causada principalmente pelas contrações musculares excêntricas.

O triatleta profissional australiano Chris Legh passou por uma cirurgia de emergência para remover metade do cólon após o Ironman Hawaii 1997. Uma boa parte do órgão tinha, literalmente, “morrido” durante o evento devido ao suprimento inadequado de oxigênio. Apesar de raro, e no caso de Legh provavelmente relacionado com um defeito cardíaco congénito, completar um Ironman é stressante para o sistema gastrointestinal criando desconforto no estômago, inchaço, náuseas, vómitos e diarreia.

A RETA FINAL DE UM IRONMAN

Quem já completou um Ironman, sabe que os últimos quilómetros são uma experiência única. O simples ato de levantar o pé do chão para dar o próximo passo é semelhante a executar um agachamento pesado. Uma pesquisa do Instituto Nacional do Desporto e Educação Física de Paris, confirma que o gasto energético de correr no final de um triatlo é significativamente maior do que apenas correr sem natação e ciclismo, agora imaginem num Ironman!
O PÓS- IRONMAN
São necessários alguns dias para o corpo recuperar. Estudos revelam que os bio marcadores de lesão muscular e inflamação permanecem significativamente elevados durante quase três semanas!
O sistema imunológico desempenha um papel importante na recuperação após o exercício exaustivo, mas o próprio sistema imunológico é dominado pelo stress da corrida. A função imunitária permanece reduzida durante as 72 horas seguintes, aumentando consideravelmente a suscetibilidade do atleta para infeções virais e bacterianas!
É comum o aparecimento de depressão humoral nas semanas após um Ironman, conhecida como “Post-Race Blues", provavelmente mais um sintoma da síndrome de overtraining, conhecido por perturbar os neurotransmissores cerebrais que influenciam o humor.

FATORES DIFERENCIADORES POSITIVOS
Todos os triatletas sabem que a prática regular de Massagem Desportiva é um fator positivo diferenciador, quer na fase de preparação, quer na recuperação pós-evento.
Os benefícios são muitos e variados importando realçar a sua eficácia na redução do período de recuperação muscular aos danos sofridos e na capacidade de melhoria da performance desportiva.

OS IRONMAN PORTUGUESES

Os Ironman portugueses, detentores da melhor marca nacional,Vanessa Pereira
 (5ª Ironman Challenge Vichy 2013) e Sérgio Marques (1º no Ironman Barcelona 2013; 2º no Ironman de Israel 2015 e 7.º no Ironman de Lanzarote 2015) recebem Massagem Desportiva desde 2013 na Mass Body.

Fonte: Texto da responsabilidade da Mass Body, adaptado da edição de Jan./Fev. 2009 da revista Inside Triathlon.






Institute of General Practice and for Health Services Research, University Hospital, Zurich, Switzerland
(1) Speedy DB, Noakes TD, Kimber NE, Rogers IR, Thompson
JM, Boswell DR, Ross JJ, Campbell RG, Gallagher PG,
Kuttner JA. Fluid balance during and after an Ironman triathlon.
Clin J Sport Med. 2001;11:44-50.
(2) Kimber NE, Ross JJ, Mason SL, Speedy DB. Energy balance during an Ironman triathlon in male and female triathletes.
Int J Sport Nutr Exerc Metab. 2002;12:47-62.



terça-feira, 17 de março de 2015

RECUPERAÇÃO MUSCULAR – CHAVE DO SUCESSO


Os atletas de alta competição sabem que para o sucesso desportivo é preciso ter um bom plano de treino, uma boa alimentação e uma preparação e recuperação neuromuscular eficaz.

O corredor amador por norma presta atenção aos pormenores relacionados com o treino, a parte aeróbia, o treino de força, a velocidade, mas descura por completo os processos de recuperação que são tanto ou mais importantes que o treino propriamente dito.
A recuperação não é só nutrição e descanso entre os treinos e competições e começa no minuto em que termina o treino.







RECUPERAÇÃO

Durante o exercício físico o corpo está em fase de catabolismo, ou seja, o organismo degrada as moléculas para obter a energia necessária, principalmente as moléculas musculares.
As contrações musculares ocorrem devido à grande intensidade do esforço muscular, principalmente quando se pratica um treino de força ou se fazem esforços de longa duração, como correr ou pedalar.
O esforço provoca danos nos tecidos musculares, tendinosos, ligamentares e ósseos, e a recuperação passa por sintetizar todos estes tecidos.
Nos períodos de treino mais intenso, os músculos entram em fadiga muscular, perdendo as moléculas responsáveis por “comunicar” com o sistema nervoso central. Desta forma, temos sensações como fadiga, falta de coordenação, apatia, etc.
Otimizar os processos de recuperação pode fazer a diferença entre o desempenho adequado e o fracasso em alcançar os objetivos.

TEMPOS MÉDIOS DE RECUPERAÇÃO

O princípio fundamental deve respeitar os tempos necessários pelos diferentes sistemas, para assimilar e produzir os ajustes necessários para cada aplicação da carga de treino. O quadro que se segue, mostra o tempo médio de recuperação para cada tipo de esforço efetuado em pessoas com uma boa capacidade de treino.

QUALIDADE / TEMPO MÉDIO DE RECUPERAÇÃO
Capacidade Aeróbica = 24 horas
Capacidade anaeróbia = 48-72 horas
Velocidade = 36-48 horas
Força máxima = 48-72 horas
Fortalecimento Muscular = 24-48 horas
Flexibilidade = 24 horas



RECUPERAÇÃO APÓS O EVENTO DESPORTIVO

Este é o momento chave, a primeira oportunidade para recuperar corretamente. O corpo está num estado metabólico único para assimilar os nutrientes e podemos usá-lo para uma recuperação rápida.
 Durante um treino de força ou um treino aeróbio, o corpo usa as reservas de glicogênio (energia muscular) para efetuar as contrações musculares, reduzindo-as a valores mínimos.
Simultaneamente o atleta desidrata e ao nível das suas células musculares ocorrem danos estruturais graves, nomeadamente nas proteínas contráteis.
Devido as estas perdas, é necessário que o atleta reponha rapidamente os níveis de glicogênio bem como os níveis de líquido perdido.
A sua não reposição origina uma resposta do organismo na produção de serotonina a qual vai agir no sistema nervoso central, diminuindo a disposição e dando sensação de fadiga.


MASSAGEM DESPORTIVA

A massagem desportiva difere em função do momento: antes, durante ou após um evento desportivo. Procure sempre um terapeuta qualificado pois ele saberá como atuar em função do seu estado, aplicando uma massagem adequada e não "a metro".
A massagem é uma eficaz aplicação na preparação e recuperação muscular. Incorpore-a no seu plano de treino e faça-a regularmente.

Texto escrito e cedido ao blogue por: 

Mass Body – Novas Terapias de Massagem 
Rua Manuel Tito de Morais (Estúdio Álvaro Anjos)
2745 – 873 Massamá
Contacto: Tel: 912 360 649 / 915 483 337
Endereço eletrónico:  www.massbody.pt







 

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

A IMPORTÂNCIA DA MASSAGEM NA PREPARAÇÃO E RECUPERAÇÃO DE ATLETAS

Uma vez que nunca tinha abordado o tema das massagens no meu blogue, e tendo recebido uma pequena "crítica",  fiz a  proposta a uma clínica especializada em massagem desportiva, a Mass Body, uma referência na área da saúde e bem estar,  para escrever sobre o assunto. Foi com muito agrado que recebi o texto que se segue...

Uma massagem desportiva profunda e intensa é excelente. Os atletas relatam que ajuda a diminuir a tensão muscular e melhora a amplitude de movimento, ao mesmo tempo que os relaxa e faz sentir recompensados pelos duros esforços a que se sujeitam. A massagem estimula os tecidos (músculos, tendões, ligamentos e fáscia (que envolve os músculos como uma embalagem), remove aderências entre a fáscia e os músculos permitindo maior liberdade de movimento. Isso é uma grande notícia, especialmente para os corredores, que dependem de articulações e músculos ágeis para o máximo desempenho sem dor.



A maior descoberta da ciência é sobre o que a massagem pode fazer pela recuperação do atleta.

Estudos publicados na Journal of Athletic Training e do British Journal of Sports Medicine descobriram que a massagem após o exercício reduziu a intensidade da dor muscular tardia, isto é, a sensação de "perna pesada" que se sente no 2º dia após uma maratona. E outras pesquisas sugerem que melhora a função imunitária reduzindo a inflamação. Justin Crane, Ph.D., pesquisador da Universidade McMaster, publicou na revista Science Translational Medicine um estudo que revela menos inflamação em atletas massajados e 30% no aumento de produção de um gene responsável pela construção de mitocôndrias (os "motores" que transformam os alimentos de uma célula em energia e facilitam a sua reparação). “Comprovámos uma recuperação de 50 a 60% na função muscular em comparação com a ausência de massagem.
 O que vimos sugere que a massagem fornece ao atleta uma maior capacidade de treino, a possibilidade de treinar mais duro e acelera a recuperação, permitindo o retorno ao treino, dois dias após uma competição”.

 BENEFÍCIOS
- Rápida recuperação da rigidez muscular e menor ocorrência de lesões pelo alívio da tensão;
- Ativa a circulação sanguínea acelerando o processo de recuperação celular;
 - Aumenta a performance reduzindo o aparecimento da fadiga muscular no treino ou competição, e evita a ocorrência de cãibras;
- Aumenta a flexibilidade e melhora os movimentos articulares;
- Reduz o cortisol (hormona do stress) bem como a citosina relacionada com inflamações e reações alérgicas e incrementa os glóbulos brancos, responsáveis pelo combate infecioso;
- Estimula a produção mitocondrial e reduz as proteínas associadas ao processo inflamatório muscular devido à exaustão provocada pelo exercício;
- Promove maior concentração mental;
 - Estimula o processo de cicatrização;
- Reduz a pressão arterial - Promove a diminuição da insónia, depressão e ansiedade - Melhora o estado e nutrição da pele.


Texto escrito por: 

Mass Body – Novas Terapias de Massagem 
Rua Manuel Tito de Morais (Estúdio Álvaro Anjos)
2745 – 873 Massamá
Contacto: Tel: 912 360 649 / 915 483 337
Endereço eletrónico:  www.massbody.pt