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domingo, 31 de maio de 2015

A INSANA AVENTURA AO MONT BLANC


- La petite trotte à León –

Dia 24 de Agosto de 2015 vai, seguramente, marcar a vida de três amigos, entusiastas do trail running, e desporto de montanha. Pelas 17:30 horas vão partir de Chamonix e têm 142 horas, cerca de 6 dias, para percorrer 300 km, passando por 3 países, com 26 000 mt de desnível em total autonomia. É um grupo restrito, pois a organização permite apenas a participação de 250 atletas. E estes 3 companheiros vão fazer parte desta elite.

Diogo Tavares, Aires Barata e Hugo Rocha são três aventureiros ultra-runners com vasta experiência em montanha tendo participado nos grandes ultra-trails, tais como MIUT 115K, 100K Ultra Trail de S. Mamede, 160K Mont-Blanc, 130KGerês Trail Adventure. No entanto, qualquer uma dessas aventuras é uma “criança, comparado com o que os espera.
O Vive o Desporto associa-se a este evento divulgando esta superaventura que, para além de insana, tem também um caráter solidário. Os seus organizadores irão doar 10 % da recolha de fundos para o movimento “Obrigado Portugal. Nós também somos Nepal”. Estes heróis precisam de algum apoio financeiro, pois é um projeto de acarreta algumas despesas. Quem os pretender ajudar, qualquer que seja o valor, poderá fazê-lo através de um projeto de financiamento colaborativo (Crowdfunding) disponível na plataforma PPL: http://ppl.com.pt/pt/prj/mont-blanc-ptl-2015
Para além do financiamento, esta aventura merece visibilidade, portanto façam like na página oficial do Facebook e partilhem com os vossos amigos. Esta aventura merece a nossa partilha! https://www.facebook.com/groups/ainsanaaventura/
Força companheiros!
Carlos Oliveira



terça-feira, 5 de maio de 2015

O aumento dos casos de Cancro da Pele associados ao desporto!

Com o crescente aumento da prática desportiva ao ar livre, o número de casos de cancro da pele tem aumentado. Convém estar alerta para os riscos inerentes a essa prática, isto se não se tiverem os devidos cuidados!
Infelizmente para todos nós, desportistas, os resultados comprovam o pior: os praticantes de desporto ao ar livre são um dos maiores grupos de risco. E a prática massiva do jogging, do trail e ciclismo aumentou ainda mais esse risco!

Num estudo recente,  10% dos atletas de maratonas  assumiram treinar entre as 11:00h e as 17:00h, e só 7% disseram usar protetor solar durante os treinos e as corridas. Apenas 18% usam sempre chapéu. Basta pensarmos: quantas vezes levamos ou usamos protetor solar nos nossos treinos? E as provas longas acabam sempre a horas em que a exposição está nos seus níveis máximos! Também falo a título pessoal. Poucas vezes levo comigo o protetor solar nos grandes treinos que realizo ao fim de semana. Sair de casa às 8:00h da manhã e chegar por volta das 13/14:00h após 5 ou 6 horas de bicicleta, tendo colocado o protetor apenas ao sair, é pouco. O espaço ocupado no camelback, ou no jersey é o mesmo que uma banana. Quantos de vós levais protetor solar? Como o meu horário normal de treino durante a semana é já depois do por do sol, acabo por estar protegido durante esses dias.
O mesmo estudo revelou ainda que 12,8% de atletas tiveram nesse ano queimaduras solares durante maratonas. Vários atletas conhecidos já tiveram melanomas, entre os quais Paulo Guerra, que recentemente se juntou à  Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo (APCC) para apresentar o programa do "Dia do Euromelanoma".
 Está demonstrado que os praticantes de desportos ao ar livre têm frequentemente um fotoenvelhecimento mais precoce, um passado frequente de queimaduras solares e um risco acrescido, significativo, dos vários tipos de cancro da pele.  Atualmente estima-se que, em Portugal, a incidência do Melanoma (o cancro de pele mais temível) seja de cerca de 1000 novos casos por ano. Quanto aos carcinomas, cerca de 10.000 novos casos por ano. Assim, os cancros de pele, em geral, representam o cancro humano mais frequente. Nos EUA, dados recentes estimam que a probabilidade de uma pessoa de raça caucasóide vir a desenvolver um cancro de pele, ao longo da vida, seja de 1 em cada 5 pessoas!... A probabilidade de vir a desenvolver um melanoma (o mais grave) é de 1 em cada 50 pessoas.

Ficam as principais regras para desportistas!

• Evitem o treino em horas de “risco” (entre as 12 e 16 horas e, idealmente, entre as 11 e 17 horas). Para isso já nos bastam as provas!
• Usem chapéu (de preferência de abas largas) e óculos escuros. Na pele exposta, utilizem um protetor solar, de textura adequada ao seu tipo de pele, de índice de proteção solar ≥ 30 e antes de sair de casa. Renovem se se molharam ou transpiraram bastante. Bebam bastante água.
• Lembrem-se de que os de pele clara, olho claro, sardentos, que queimam facilmente e têm dificuldade em ficar morenos, necessitam de cuidados redobrados. No entanto, o ser moreno e não ficar vermelho não é sinónimo de estar seguro.
• Faça o auto-exame da pele com regularidade, observando eventuais alterações.
E atenção que, nestas situações, o lema: “SÓ ACONTECE AOS OUTROS”, não resulta!


 Carlos Oliveira

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

MIUT – Madeira Island Ultra Trail – A Prova Rainha do Trail Running Português.

Vai decorrer a 11 de abril aquela que será, porventura, a mais importante prova de trail running português e, muito provavelmente, a mais internacional. Já na sua 7.ª edição, o MIUT vai contar este ano com centenas de participantes. A 2 meses da prova estão já inscritos mais de 1100 participantes de 30 países, divididos pelas 4 provas (115, 85, 40 e 17 kms). Há em Portugal outras grandes provas de trail running, tais como a da Serra D´Arga, Gerês, ou o Azores Trail Run ( prova que merece atenção e que vai ter grande crescimento, devido à invulgaridade do lugar onde se desenrola, Vulcão dos  Capelinhos ). Portugal está recheado de boas provas! Mas, o MIUT é diferente. 
Neste momento, é a Meca do ultra trail em Portugal. Só desta forma se compreende o elevado número de participantes. O MIUT integra o calendário 2015 do UTWT - ULTRA TRAIL WORLD TOUR, na prova dos 115kms, com o estatuto de entrada ‘Future Race’. As provas MIUT115 e Ultra 85 atribuirão 4 e 2 pontos, respetivamente, para a participação no Ultra-Trail du Mont-Blanc de 2016! Organizar uma prova desta dimensão e com este número de participantes, numa terra tão pequena, como a Madeira, é um daqueles feitos…No meu entender, é mais significativo ter 1100 participantes de 30 países numa ilha, do que dois ou três mil participantes no continente, onde as pessoas se deslocam de carro e onde, numa distância de 5/6 horas, vivem vários milhões de pessoas, portuguesas e espanholas. Para alguém vir à Madeira, ao MIUT, é porque as referências do percurso, organização, clima, têm de ser muito boas. E têm participado no MIUT alguns dos nomes mais conhecidos do trail mundial: Julien Chorier, Carlos Sá ou Armando Teixeira, vencedores das três últimas edições, são alguns dos exemplos.
Sou imparcial em tecer considerações sobre um evento. Não sou daqueles que dizem que a Madeira é magnífica para todos os desportos. É mentira. É até muito limitada para alguns, e irrita-me quando vejo algumas pessoas falarem assim. Mas para outros desportos, tem um potencial imenso. O trail running é um desses desportos: as paisagens, os trilhos técnicos, o clima… O mais interessante é que o Trail Running da Madeira aproveita a sua história e o trabalho dos seus antepassados, que são as veredas e as  levadas, que outrora serviram de vias de comunicação e hoje são utilizadas para o lazer. O MIUT utiliza esses trilhos, que penetram no coração da ilha.
Fica o convite a todos para virem conhecer a Madeira “a correr”, este ano, ou numa próxima edição. Aproveitem a paixão do desporto e façam umas férias ativas. 
Deixo-vos com o relato de um trailer, também blogueiro, que narra a sua passagem pelo MIUT de uma forma lindíssima. Para quem já conhece a ilha, percebe cada frase. Para quem não conhece, imagina o cenário.
http://corremais.paulopires.net/2014/04/miut-meca-do-trail-em-portugal-parte-2.html

Vejam também um dos muitos vídeos da prova. De certeza que vão marcar o MIUT na vossa agenda desportiva.

Carlos Oliveira

Site oficial: http://www.madeiraultratrail.com/

Página oficial facebookhttps://www.facebook.com/madeiraultratrail?fref=ts






domingo, 1 de fevereiro de 2015

O treino em altitude: quais as vantagens e como funciona…

O treino em altitude é um dado adquirido na preparação dos atletas profissionais. Muito poucos serão aqueles que não o fazem. Até entre os atletas amadores mais competitivos, e com melhores capacidades económicas, ou patrocinadores, já se começa a ver este tipo de preparação. Vamos tentar então perceber o que é o treino em altitude e como se processa (de uma forma muito simples, mas compreensível, para os menos ligados à Biologia e ao treino):
- À medida  que vamos subindo em altitude, a percentagem de oxigénio no ar que respiramos vai diminuindo. Assim, chega menos oxigénio e também menos energia aos músculos.
- Devido a essa diminuição de oxigénio, o organismo vai ter necessidade de produzir mais glóbulos vermelhos (são os responsáveis pelo transporte de oxigénio e nutrientes/energia aos músculos) para manter os níveis de oxigenação corporal normais;
- Após alguns dias em altitude, o nosso organismo vai ficar com maior quantidade de hemoglobina/glóbulos vermelhos, logo com maior capacidade de transporte de energia para os músculos. Essa situação torna-se vantajosa quando o atleta volta para as altitudes baixas, onde existe novamente mais oxigénio no ar. Deste modo, ficamos com excedente de glóbulos vermelhos.

Qual a altitude ideal para treinar?

A maioria dos especialistas refere a barreira entre os 2000 e os 2200 metros, embora acima dos 1600 metros já se faça o treino em altitude. Também há quem treine bem acima dos 3000 metros. Normalmente, o treino é de cerca de 4 semanas. As primeiras 2 semanas são o período onde ocorre período de aclimatação durante o qual o atleta pode experienciar sensações de extremo cansaço ou fraqueza. A produção de EPO (eritopoetina, situada na medula óssea, responsável pela produção de hemoglobina) aumenta significativamente 2 a 3 dias após a exposição à hipoxia (falta de oxigénio) e parece desaparecer gradualmente ao final de 25-28 dias. Os estudos referem também que as performances melhoram em média na ordem dos 3%. Em alta competição 3% é muito! Numa prova de 2 horas, por exemplo, dá uma diferença de cerca de 4 minutos!  
Parece-me que ir para a serra treinar algumas horas, dois ou três dias antes de uma prova em montanha não trará grandes vantagens. Ainda há cerca de 15 dias realizei uma prova  de corta-mato a uma  altitude de 1000 metros ( resido e trabalho numa cota entre os 50 e os 150 metros). Soube de alguns colegas que naquela semana treinaram uma ou duas vezes na serra. Será que há vantagens? A adaptação demora vários dias, não serão algumas horas naquela semana que farão a diferença! Poderão até provocar fadiga desnecessária. Basta olharmos a miserável preparação da Seleção Portuguesa de Futebol no Mundial do Brasil. Não se tratou de adaptação à altitude, mas ao calor e humidade. Lembro-me de ouvir um especialista a falar da adaptação ao clima de Manaus. Seria necessária pelo menos uma semana para haver alguns resultados. Os princípios de adaptação não se baseiam em curtos períodos imediatamente antes da competição!

Utilização de tendas simuladoras de altitude


Já é muito comum verem-se tendas que simulam o treino em altitude. Basicamente é uma tenda de acampamento com o controlo da entrada de ar vinda de um motor que, propositalmente, envia o ar com uma percentagem de nitrogénio maior que o normal, simulando assim a altitude. Dentro da tenda, existe um medidor de percentagem de oxigénio, capaz de simular o treino em diversas altitudes. Os atletas treinam utilizando passadeiras ou bicicleta estática (rolos, por exemplo). A tenda também é utilizada apenas para habituação. Li que há atletas que passam a viver na tenda, mesmo a dormir, durante algum tempo.
Em Portugal, estas tendas são preferencialmente utilizadas por triatletas, maratonistas e ciclistas, portanto, atletas cujas provas têm uma longa duração, precisando de grande capacidade de resistência.
Carlos Oliveira


sábado, 15 de novembro de 2014

João Marinho: para quem não conhece, quem é este grande desportista português desaparecido nos Picos da Europa

Nos últimos dias, todos temos assistido com angústia à procura de João Marinho, que se encontra perdido nos Picos da Europa há mais de uma semana, depois de uma aventura a solo por estas montanhas. Hoje, as notícias são pouco animadoras, pois fortes tempestades de neve obrigaram os mais de 50 elementos de montanha, espanhóis e portugueses, a regressar à base.

Pessoalmente, não conheço o João Marinho, mas tenho amigos que o conhecem e sei que estão bastante angustiados. Como o João Marinho pertence a modalidades com pouca expressão mediática, o BTT e o Trail Running, deixo a todos o convite para darem  uma vista de olhos  em dois vídeos de duas grandes provas por ele organizadas, que ajudam a colocar Portugal como referência do Trail Running e BTT de longas distâncias. Um apaixonado que Vive o Desporto! Força!



terça-feira, 28 de outubro de 2014

Trail pela Vida – Liga Portuguesa Contra o Cancro da Mama

Decorreu no passado domingo o Trail pela Vida, organizado com o objetivo de ajudar a Liga Portuguesa contra o Cancro da Mama. Os 10€, valor da inscrição, reverteram na totalidade para esta instituição. Portanto, se é bom correr, é melhor ainda quando sabemos que estamos a colaborar para uma boa causa.

 Desportivamente foi um trail bem durinho. Apesar de ter uma distância relativamente curta, 16 km, teve 840 mt ac+ e 840 mt ac-, uma vez que arrancou e terminou no mesmo local. Duas subidas bastante duras, em single track, ambas com cerca de 300 metros de desnível, e descidas com alguma dificuldade técnica causaram grande desgaste. Comecei a prova num ritmo controlado, pois já conhecia a subida inicial e a sua dureza e, quando cheguei à parte mais rolante, aumentei o ritmo. Nessa fase, entrei num grupo de 6 atletas e andámos juntos durante longos minutos, com alternância dos que iam passando pela frente. Talvez esse entusiasmo me tenha provocado algum desgaste e quando abordei a subida final, senti logo que as forças já não eram as mesmas e que eles estavam melhor. Encontrei o meu ritmo e fiz os últimos 4 km a solo. Terminei a prova em 15.º lugar, num total de cerca de 170 participantes, com 1:53 h, o que me deixa muito satisfeito, tendo em conta a qualidade dos participantes.

No que respeita ao trajeto, foi bastante interessante. Algumas partes já conhecia, outras foram novidade para mim. Vistas de cortar a respiração e uma descida fantástica, numa paisagem lunar, onde se voava pela encosta. Tive a sorte de seguir um participante que conhecia o trajeto e foi muito engraçado seguir “na roda dele”, aos sss, colina abaixo.
No que respeita à organização, muitos parabéns pela iniciativa e deixo apenas dois reparos que, coincidentemente, aconteceram no início e final da prova: aquela subida inicial, em single track, deveria ser precedida de mais 3 ou 4 minutos de corrida na cidade. Nem toda a gente se pode colocar à frente e na subida é muito difícil passar alguém. Quem entra mal colocado fica extremamente prejudicado. Permitia também uma melhor adaptação do organismo antes daquele esforço violento; em 2.º lugar refiro a descida final. Demasiado perigosa para aquela fase da corrida. Os reflexos estão mais lentos e os músculos e ligamentos já desgastados. Qualquer descuido era uma queda e uma lesão, e felizmente não estava a chover. Sei que existiram algumas quedas, felizmente sem grande gravidade. Deveria evitar-se esse tipo de descidas na fase final das provas.
Para novembro há mais, o Trail de Câmara de Lobos.

Carlos Oliveira


sexta-feira, 25 de julho de 2014

Ultra Trail du Mont-Blanc 2013 - Em 2014 são 75 Portugueses a participar!

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O Ultra Trail do Mont Blanc é a meca mundial do trail running.
É uma prova que atravessa 3 países (França, Suiça e Itália) sendo que em 2013 teve 168kms e 9600 de acumulado. Em 2013 Portugal participou com 42 trailers, com Carlos Sá e Armando Teixeira a encabeçarem a lista. Terminar este desafio é um grande feito. Mas,  não se pense que participa quem quer. Para participar no Mont Blanc existem um conjunto de provas ao longo do ano que dão pontos aos participantes para puderem ir ao Mont Blanc. Por exemplo o MIUT (Madeira Island Ultra Trail) é umas das provas nacionais que dá pontos para o Mont Blanc. Quase que se pode comparar aos Jogos Olímpicos, em que tem de haver mínimos para participar...
Em 2014 serão 75 os Portugueses que irão participar nesta prova, embora nem todos na principal, uma vez que existem 5 provas distintas. Esta enorme participação portuguesa demonstra que é uma modalidade que está a crescer imenso, com a qualidade e quantidade dos atletas cada vez maior.  A prova principal realiza-se a 29 de Agosto, com cerca de 2300 participantes!!
Acompanhem dentro do possível esta modalidade e tentem experimentar. Aconselho uma aboragem inicial a trails curtos, provas até 15kms e 500 metros de acumulado positivo.A partir daí podem experimentar  provas até 30/40kms. A partir dessa distância aconselho muito treino, muito espírito de sacrifício, muito querer...

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Angliru/ Zoncolan - Qual a mais temível?

No próximo sábado, dia 31 de Maio, o Giro volta a presentear-nos, pela quarta vez, com uma mais duras das subidas mundiais praticadas no ciclismo, o ZONCOLAN!  O Monte Zoncolan  no Giro , rivaliza com  o Anglirú, na Vuelta, como a subida mais dura do mundo. Com cerca de 10,5kms o Zoncolan  chega a ter pendentes de 20%.   A parte mais dura do percurso situa-se logo no seu início, entre o km 1 e 7. São 6000 metros com inclinação média de 15%! Daí para a frente a média baixa para cerca de 13%, que não deixa de ser uma violência, portanto é uma subida que nunca mais acaba, num sofrimento constante! Este ano de 2014, com o Giro ao rubro, será um prazer ver aquelas máquinas, apoiadas por milhares de pessoas, a trepar este monte. Penso que é a subida certa para o Quintana, tendo em conta as suas características de trepador  e o momento motivacional em que se deverá encontrar no sábado, muito provavelmente a defender a liderança. Mas, numa subida desta Natureza, qualquer sensação negativa poderá deixar tudo a perder… Falando um pouco também do outro “monstro”, o ANGLIRÚ, nota-se que é uma subida diferente. Dos cerca de 12kms, os primeiros são até suaves, com pendentes de 7/8%, e tendo até cerca de 1km plano. A dureza vem a partir do km 7, com pendentes que chegam até aos 23,6%, ( las Cueña les Cabres), sendo que tem  1km com 17,5%! É uma violência!! Quem não se lembra da espetacular subida do ano passado, com o duelo  Horner/Nibali, com vantagem para o “velhinho”.
Olhando os gráficos, parece-me que o Anglirú será mais violento, mas só experimentando se poderá perceber. Este verão espero fazer o teste no Anglirú, isto se tiver pernas para o subir na bicicleta de estrada, pois estou mais habituado ao BTT… O Zoncolan será mais complicado, em virtude da distância, mas nunca se sabe…

Aqui pela Madeira também temos estas subidas, chamados muros, que nos testam física e psicologicamente. Já subi várias delas, mas sempre com a bicicleta de BTT, portanto com uma desmultiplicação que não existe no ciclismo de estrada. Aquela que comparo mais a este dois monstros é a subida da estrada nova da Eira do Serrado, saindo do Funchal (http://www.strava.com/segments/7285607 ). Partindo do cruzamento das Courelas até ao ponto mais alto da estrada nova da eira do serrado, são 12, 4kms com pendente de 10%. Mas, esses 10% enganam, pois tem algum “chão pelo meio”. A parte mais dura situa-se entre os kms 7 e 12, onde apanhamos 2,8 kms a 16%, e com 1km a 18%! Esta subida assemelha-se bastante ao Anglirú, mas falta a magia de a subir e imaginar os milhares de pessoas a assistir e a apoiar, tal como acontece nas grandes voltasJ!