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quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Competir nos 10.000 metros treinando para a Maratona: a importância do treino de longa distância nas provas mais curtas!

Um bom plano de treino contempla sempre trabalho regular no ritmo de corrida da nossa prova específica. Por exemplo, um maratonista faz a sua preparação com treinos frequentes onde treina longos quilómetros ao ritmo pretendido do seu objetivo final da prova.
No caso da maratona, compreendemos logo este tipo treino como de uma importância enorme pois, para além da parte física, prepara também o atleta na parte mental numa prova extremamente difícil, quer corporal, quer psicologicamente.  
Como pareceria normal, quando o atleta não pratica maratonas, não vai fazer esse tipo de treinos, pois não cria benefícios! São treinos que não se adaptam ao ritmo de corrida pretendido… o treino deve incidir em treinos mais curtos, com intensidades mais altas. Treinos de maratonista em atletas de distâncias até 10.000 metros são um dispêndio energético, sem resultados objetivos. Será mesmo assim? Especialistas americanos dizem que não e, com muito sentido….
Os especialistas defendem que o treino de maratonista é extremamente importante para os praticantes distâncias mais curtas, como os 5 ou 10.000 metros!
"O treino em ritmo de maratona é simplesmente um dos melhores treinos que há para melhorar a capacidade de resistência de suas células musculares", diz Pete Magill, treinador e autor de Build Your Running Body, em South Pasadena, Califórnia. "Mais do que corridas de distância ou repetições mais rápidas, o treino  de maratona aumenta a produção de energia aeróbica em células de contração lenta, constrói mais capilares para transportar mais oxigênio para essas células, melhora a capacidade das células de exportar lactato”…
"Estas corridas ensinam uma pessoa a ler o seu corpo e aprender a encontrar um ritmo que é difícil, mas que eles podem sustentar", diz Chris Solinsky, um ex-recordista dos EUA que agora é um assistente técnico no Colégio de William e Mary em Williamsburg , Virgínia. "
Ambas as afirmações são feitas por atletas que nunca competiram em maratonas! Ambos especialistas em 5 e 10.000 metros, com ritmos abaixo de 3minutos/km nestas distâncias.
Os motivos acima indicados da importância deste tipo de corrida são claramente objetivos e de fácil compreensão. Agora é adaptar estas informações às nossas características e objetivos. Cabe a cada um de nós perceber o seu próprio ritmo e tentar implementar um treino adequado aos seus objetivos,
Portanto, mesmo que as nossas provas se foquem essencialmente em distâncias abaixo dos 10.000 metros, é muito importante fazer treinos longos, com ritmos próprios de preparação para longas distâncias, uma vez que vai provocar no nosso organismo um conjunto de alterações metabólicas extremamente importantes para a melhoria dos nossos resultados.
Falando a título pessoal, as provas que realizo são quase todas abaixo dos 10.000 metros. Apesar de não ser exemplo no domínio prático, pois não aplico a quantidade de treino e metodologia adequadas para grandes performances/resultados, são frequentes treinos a ritmos na ordem dos 4.10m/km com duração superior a 1hora. A estes treinos, claro que aplico treinos de duração mais curta e maior intensidade. Sem nunca esquecer a importância dos treinos de recuperação!

Carlos Oliveira


domingo, 16 de outubro de 2016

Será apenas marketing? Sapatilhas para Pronador, Neutro ou Supinador?

Afinal, escolher as sapatilhas em função da passada: neutra, pronadora ou supinadora, pode ser uma grande campanha de marketing!
Sou daqueles que se preocupa com o tipo de passada, e sempre tive cuidado com as sapatilhas que compro para correr. Já escrevi um artigo sobre esta temática, http://www.viveodesporto.com/2014/11/o-que-devo-saber-antes-de-escolher-as_96.html, e tenho falado aos meus amigos sobre ela. Na semana passada, enquanto dava um treino de atletismo aos meus atletas, com o apoio de uma colega que está a tirar o nível III de treinadora, ela disse-me: Carlos isso é uma grande treta: os estudos não associam grande importância a esse fator…

Lá vim eu perder umas horas a investigar um pouco mais. As buscas na internet encaminham-nos quase todas para o SIM! É um fator muito importante escolher bem as sapatilhas em função da passada!
Através de um artigo no New York Times, http://well.blogs.nytimes.com/2013/06/26/the-myth-of-pronation-and-running-injuries/ cheguei a um estudo  realizado por uma Universidade Dinamarquesa sobre este  tema, publicado online http://bjsm.bmj.com/content/early/2013/06/12/bjsports-2013-092202.abstract,  que demonstra que a utilização do tipo de sapatilha, em função do tipo de passada , para evitar lesões não está comprovada.  Tendo em conta a amostra (mais de 900 atletas) é um estudo já a ter em conta…

Resumindo: O estudo não comprova a relação de utilização de tipo de sapatilha/tipo de passada com o aumento de lesões desportivas. Como é óbvio, não poderá ser totalmente conclusivo, pois não é apenas um estudo que comprova o que quer que seja, são necessários mais estudos. No entanto é um fator a ter em conta! Mais importante, para o não aparecimento de lesões, estão fatores como a falta de alongamentos, o fortalecimento muscular e a intensidade e volume de treino. Um atleta que treina e compete regularmente está muito mais propenso a lesões que um atleta que treine poucas vezes.
A verdade é que a ciência não é exata, e ainda bem. Todos os dias, nas mais variadas áreas, recebemos informações que contrariam conhecimentos por nós adquiridos e assimilados, com base naquilo que era a verdade da altura. Portanto, não devemos ficar agarrados para sempre a uma ideia!

Para concluir: Na dúvida, sapatilhas neutras! Não vale a pena comprar sapatilhas caríssimas, só porque são aquelas “apropriadas” para o nosso tipo de passada, quando ao lado estão umas neutras, com a mesma qualidade, muito mais baratas….

Carlos Oliveira



quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Lisboa com 210 kms de ciclovias em 2017!



Lisboa caminha para o futuro. Sendo uma das cidades mais visitadas a nível mundial, começa a mostrar a face como uma cidade ecológica, apesar de neste momento ter, juntamente com o Porto, níveis de poluição excessiva, de acordo com os últimos dados.
De acordo com dados da autarquia, noticiados em vários meios de comunicação, a cidade vai passar a contar com 210 kms de ciclovias, pois vão ser acrescentados até 2017 mais 150 kms, aos 60 kms já existentes. Trata-se de uma obra ambiciosa, pois os 60 kms existentes são maioritariamente em zonas verdes. Este novo projeto pretende ligar toda a cidade em ciclovias. A concretizar-se, será uma obra majestosa, que vai dignificar ainda mais a Capital, incutir novos hábitos de deslocação e proporcionar um novo estilo de turismo.
Que este projeto se concretize e que, posteriormente, outras cidades envolventes a Lisboa lhe sigam o exemplo especialmente numa importante ligação, na marginal de Oeiras, onde há muita resistência na criação de uma ciclovia. Ainda em 2015, um vereador da CM de Oeiras referia que construir aí uma ciclovia era uma Utopia!

Carlos Oliveira

Fonte: 

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Bom vinho, boas tradições e uma fantástica Ecopista: porque não visitar o DÃO?


Este título está exatamente ao contrário daquilo que deveria ser o blogue Vive o Desporto…começo por falar em bom vinho e só no fim falo da fantástica Ecopista do Dão. Talvez porque passei demasiado tempo nas férias a “degustar”...

Para os poucos que ainda não ouviram falar da Ecopista do Dão, apresento-a apenas como uma fantástica pista com cerca de 50kms, que liga Viseu a Santa Comba Dão, longe do barulho dos carros e que atravessa floresta, pequenas aldeias, vinhas, pontes metálicas, túneis… representa tranquilidade!
É um prazer percorrer esta Ecopista. São às centenas as pessoas que diariamente a percorrerem e, felizmente, cada vez mais os ciclistas de lazer, sozinhos, ou com as suas famílias, e pouquíssimos ciclistas propriamente ditos, que gostam de “stravas”, “KOMs”, etc.
No seu vasto percurso encontramos cafés, aluguer de bicicletas e vinho. Sim, porque alguns dos cafés/restaurante oferecem petiscos maravilhosos!

Todas as alturas são boas para conhecer a Ecopista do Dão mas, para mim, aproxima-se o mês de excelência: Setembro. Pedalar e sentir o Outono a aproximar-se, e aproveitando para pelo caminho “roubar” umas uvas e amoras aqui e ali… delicioso.
Recomendo um dia de Ecopista, e um dia a deliciarem-se nas imensas quintas com uns petiscos beirões, provar um bom vinho do Dão, numa das melhores e mais antigas regiões demarcadas de Portugal e, porque não, participar numa vindima.
Fica a sugestão.


Carlos Oliveira

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