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domingo, 3 de agosto de 2014

Como se alimenta um ciclista numa prova de 3 semanas



            Numa prova de 3 semanas, como o Tour, Giro ou Vuelta, ou até mesmo numa prova de 11 dias, tal como a Volta a Portugal, o corpo do ciclista está sujeito dia, após dia, a um esforço imenso, daí que a alimentação do ciclista seja um aspeto muito importante.  Tão importante como a recuperação muscular, é uma boa recuperação nutricional, uma vez que promove a recuperação geral do atleta, evita a perda de peso, especialmente massa muscular, ajuda a manter o organismo afastado de doenças e promove um bem estar geral.
Quase todas as equipas trabalham com nutricionistas  especializados em  performance desportiva e têm o seu próprio chef que viaja com toda a comitiva. Isso garante que o alimento consumido pelos ciclistas respeita todos os requisitos. O chefe da equipa certifica-se de que a comida é nutritiva e variada, para evitar a repetição excessiva durante as três semanas.

            A ingestão diária recomendada de calorias para os ciclistas varia de 4.000 a 9.000 calorias diárias, enquanto a ingestão de líquidos pode chegar a 10 litros! A quantidade de carboidratos diários fica entre 500 e 700 gramas, com aproximadamente dois terços sendo consumido depois de cada etapa. A fisiologia de cada um, as condições meteorológicas, o terreno e a altitude desempenham um papel importante em determinar as necessidades nutricionais do ciclista

            De uma forma geral, o dia do ciclista processa-se da seguinte forma…

Ao acordar, os atletas muitas vezes consomem um copo de sumo natural. Isto dá uma pequena ajuda na hidratação, mas acima de tudo proporciona logo a ingestão uma série de nutrientes e energia, sem a necessidade de comer grandes quantidades logo ao acordar.

            O café da manhã não é muito diferente de um pequeno almoço comum, uma vez que as provas só arrancam algumas horas depois. A ementa contém frequentemente aveia, ovos, iogurte, pão, doce. No entanto, não é incomum encontrar também opções de massas e arroz. Bebidas probióticas também são usadas para ajudar o sistema imunológico, já que o corpo do ciclista será naturalmente submetido a muito stress, ficando com mais possibilidades de doenças,  tal como já falei num outro artigo: http://www.viveodesporto.com/2015/06/a-relacao-entre-pratica-desportiva-e-o.html


           
 Alimentação durante a corrida:


            Nos primeiros dois terços da maioria das etapas, os ciclistas tendem a comer sólidos e, em seguida, à medida que a intensidade aumenta, recorrem aos suplementos nutricionais, como géis. Durante as etapas vê-se  apanharem sacos (pequeno farnel) com um assistente da equipa, que incluem barras energéticas, géis de energia, pequenas sanduíches, e às vezes até pequenos pedaços de bolo. Os géis consumidos são de energia normal e com cafeína. Também precisam se lembrar de manterem-se hidratados, com água e bebidas energéticas e repositoras de eletrólitos. De uma forma geral, os atletas costumam consumir duas ou três porções de comida ( barras, gel,)  e 500 mililitros de água a cada hora, isto dependendo das condições climatéricas e da fase da etapa.

Pós-prova:
            O processo de recuperação do ciclista inicia -se  logo após a prova. Há uma ingestão de 20-25g de proteína para ressíntese rápida e ingerem alimentos como arroz ou batatas cozidas. 

Jantar: muda todas as noites, para que ciclistas não enjoem. Cada refeição tipicamente começa com uma salada, o prato principal será composto de carne e uma porção de carboidrato (arroz, massa ou batata) e alguns legumes. Os ciclistas terão ainda um iogurte ou pudim de frutas para sobremesa.
            Muitas vezes, antes de deitar volta a alimentar-se com leite, cereais e 20 a 25 gramas de proteínas, para ajudar a recuperação muscular. 

Carlos Oliveira

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