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segunda-feira, 29 de junho de 2015

A relação entre a prática desportiva e o Sistema Imunitário: os bons e os maus efeitos!

A prática desportiva e a sua relação com o nosso sistema Imunitário são um debate interessante. A maioria julga que a prática desportiva é um sinónimo imediato de reforço desse sistema. Mas, não é bem assim, senão vejamos…
Em primeiro lugar perceber o que é o Sistema Imunitário e como funciona…

SISTEMA IMUNITÁRIO

De uma forma breve e sistematizada pode-se definir o Sistema Imunitário como um sistema dinâmico, constituído por órgãos, células e moléculas circulatórias. A principal função é proteger o nosso corpo contra a invasão de corpos estranhos do meio externo, evitando infeções.  Desta forma, o sistema imunitário está continuamente a monitorizar o organismo para analisar, rejeitar e, se necessário, atacar o que é considerado estranho e/ou perigoso.





ATIVIDADE FÍSICA DE BAIXA INTENSIDADE

No que respeita à atividade física de baixa intensidade os estudos provam que é de enorme importância para fortalecer este sistema. Com uma nutrição e descanso apropriados, o organismo produz um fenómeno chamado de super-compensação, sendo visível um aumento da performance.  uma maior produção e movimentação dos glóbulos brancos pelo nosso organismo, o que proporciona uma maior proteção do nosso organismo no momento da atividade e também posteriormente. Portanto, se a nossa atividade for regular, estamos sempre mais protegidos!


ATIVIDADE FÍSICA DE ALTA INTENSIDADE

No que respeita à atividade física de grande intensidade os estudos mostram que há um enfraquecimento do nosso Sistema Imunitário. Com o treino intenso a probabilidade de overtraining (estado de fadiga prolongado, causada por um excesso de treino, acompanhado por uma alimentação e/ou repouso inadequado) e stress competitivo aumentam, debilitando o sistema imunitário. Estudos observam que, após esforço físico prolongado e/ou intenso, o sistema imunitário evidencia deficiências na qualidade da atividade das células imunitárias, assim como na quantidade disponível das mesmas (células que dirigem o ataque contra invasores). Este défice pode durar entre 3 horas a 72 horas, dependendo do esforço físico e das características de cada um de nós. Durante este período de tempo as bactérias e os vírus podem dominar as entradas do corpo, aumentando o risco de o organismo contrair infeções. Um outro aspeto resultante da atividade física intensa prende-se com a enorme produção de radicais livres (moléculas, altamente reativas, que estão relacionadas com a destruição das membranas de células imunitárias), sendo este outro fator que pode contribuir para o estado de imunodeficiência.
Para contrariar esta tendência negativista da atividade intensa é fundamental uma boa alimentação, rica em vitaminas e aminoácidos que vão contraira os efeitos nocivos do treino. Dessa  alimentação tentarei falar num novo post, logo que possível.
Quem gosta de competir (tal como eu) tem de estar ciente  destas situações. Muitas vezes descuramos. Tenho uma experiência bem recente. Numa prova de ciclismo, há relativamente pouco tempo, levei o esforço para além do limite. Senti que estava a ir longe demais mas, para não perder uns miseráveis lugares, continuei. No dia seguinte febre, mal estar geral. Fiquei assim um dia, depois voltei ao normal. E não acredito que tivesse sido uma coincidência!
Carlos Oliveira

Quem quiser aprofundar mais este tema pode fazê-lo em:




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