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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Correr nos Trilhos do Coração da Madeira - Trail do Curral das Freiras


O Curral das Freiras, a pequena localidade situada no coração da Madeira, cercada por enormes paredes que se elevam a mais de 1500 metros de altitude, é um dos lugares mágicos da ilha.
Passagem obrigatória para qualquer turista que visita a Madeira, um lugar que me fascinou desde o primeiro dia que vim viver para esta ilha maravilhosa vai, finalmente, ter, no dia 14 de maio, o seu evento de Trail Running … e logo inserido no Campeonato Nacional!
Quem já fez o MIUT 115 e 85 conhece bem o Curral das Freiras, situado a meio do percurso, e ninguém esquecerá que após o Curral vem uma subidinha até aos 1860 metros de altitude do Pico Ruivo! Coisinha pouca…

Não tenho por hábito falar de provas no meu blogue, mas este Trail do Curral merece-o!
Estimo muito as provas organizadas pela paixão a uma modalidade, sem profissionais, mas com profissionalismo, e neste caso sei bem que o seu principal impulsionador vive o Trail Running desde que o começou a praticar. É uma escola - Clube Escola do Curral das Freiras - que montou este grande evento, com um caráter competitivo, pedagógico e desportivo (envolvendo os alunos nos treinos e na colaboração da organização) e solidário, pois as receitas vão servir para comprar equipamentos e material desportivo para os jovens atletas do clube da escola.
Jorge Louro e a sua equipa estão a fazer um trabalho fantástico, daí o meu apreço e a ajuda na divulgação deste I Trail do Curral das Freiras.
Não se iludam com os “apenas” 21 kms da prova principal! São mais de 1700 metros de desnível positivo/negativo.
Já alguns grandes nomes do Trail nacional estão com a presença confirmada, como é o caso da atleta Salate Tavares, Campeã Nacional de Montanha em 2015, Nuno Pereira que atualmente ocupa o 1.º lugar no ranking de Trail, menos 42kms do Circuito Regional 2016/17 e claro o seu padrinho, Marco Silva, é um dos grandes especialistas em Trail Longo e não quererá deixar mal o seu “afilhado”.
Sei que a Madeira vai acorrer em massa a esta prova, mas tenho de deixar um convite a todos os meus amigos de fora da ilha. Maio é um mês fantástico para visitar a Madeira, onde o verde e as cores das flores tornam a ilha ainda mais bela! Tragam a família, façam do Trail Running um evento desportivo, mas de lazer e turismo. Com as companhias aéreas de baixo custo, viajar até à Madeira não se torna assim tão dispendioso.

Carlos Oliveira

Todas as informações em:



domingo, 5 de fevereiro de 2017

Sporting Vice Campeão Europeu de Corta-Mato


O Sporting sagrou-se hoje, 05 de fevereiro, Vice-Campeão Europeu de Corta-mato, em prova realizada nas Açoteias, na mais emblemática pista de cross nacional e uma das mais afamadas da Europa.
Para além do sucesso coletivo, alcançado num regresso a esta competição, na qual o clube já não participava há 19 anos, o Sporting consegui também o 2.º lugar individual, feito alcançado pelo atleta Rabah Aboud.

Em primeiro lugar neste campeonato europeu de clubes ficou a equipa Turca do Istambul, com 45 pontos, apenas menos dois que o Sporting.
Este resultado é de grande importância para o atletismo Português, e um brinde para o Sporting, enquanto clube eclético, que nos últimos tempos tem apostado novamente nas chamadas modalidades amadoras.
Que os outros grandes clubes nacionais apostem novamente no atletismo, tal como Sporting e Benfica têm feito nos últimos anos. Afinal, entre amadores e federados, o atletismo é das modalidades que mais praticante apresenta no panorama nacional e internacional.

Carlos Oliveira




quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Ingestão de líquidos no desporto: como enganar o cérebro!

Nos últimos anos, vários estudos vêm comprovando que o simples facto de enxaguar a boca com uma bebida energética, sem a engolir, traz alguns benefícios para a performance do atleta em determinados momentos e condições da corrida.  Estes estudos pretendem demonstrar a importância do cérebro em determinados momentos de uma prova. Assim, é possível enganar o cérebro do atleta, dizendo-lhe que mais reservas vão a caminho e obter uma resposta muscular como se esse facto tivesse mesmo ocorrido. Um dos estudos mais recente sobre este assunto vem apresentado em http://www.runnersworld.com.

Como é evidente, a importância de ingerir as bebidas energéticas é objetiva e crucial para o bom desempenho do atleta!
A ingestão de líquidos durante uma prova é um fator indispensável para a performance e saúde do desportista, especialmente em provas com uma duração superior a 45 minutos ou em condições de temperatura exterior elevada, superior a 24 graus Celcius.

Eis alguns exemplos da importância da ingestão de líquidos;

  • Diminuição do risco de desidratação;
  • Diminuição da temperatura corporal;
  • Diminuição do risco de cãibras musculares;
  • Ingestão de alguns hidratos de carbono (caso se trate de líquidos ligeiramente açucarados)
No entanto, em determinados momentos das provas, especialmente as de longa duração, o nosso estômago não está recetivo a nada e, entre o beber e provocar um mal-estar gástrico, ou não beber, enganando simplesmente o estômago, deve optar-se pela segunda hipótese. Especialmente se estivermos já na parte final da prova! É que, para além do atleta correr o risco de mal-estar gástrico, pois o nosso estômago tem uma capacidade limitada de absorção de líquidos, vai-se tirar algum rendimento devido ao tal “enganar o cérebro”.
Portanto, nas partes finais das provas, quando sentirem que o vosso estômago já não aguenta com mais nada, não se desviem do abastecimento! É muitíssimo importante colocar a bebida na boca, bochechar durante cerca de 10 a 20 segundos, cuspindo de seguida. A resposta do organismo vai ser positiva!

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Dos 100 aos 1100 metros de altitude em menos de 4kms! KM Vertical do Fanal:

Quando em 2010 ouvi falar da 1.ª edição desta prova do Km vertical do Fanal, só pensava para mim mesmo: mas que grande loucura! Este ano, decidi partir para essa aventura. Apesar de não ser um peso pluma, bem pelo contrário, sempre gostei de subir, quer na bicicleta, quer na corrida, dando-me muito bem em subidas curtas, onde a força consegue disfarçar o peso excessivo para trepador.
Fazendo uma pequena explicação do que é o Km Vertical, trata-se de uma prova de corrida vertical, onde tem de existir um desnível de 1000 metros positivos, numa extensão inferior a 5km. Em Portugal não são muitos os locais onde se possa realizar este tipo de provas, uma vez que são poucas as montanhas que permitem uma ascensão de 1.000 metros, com capacidade de montar uma logística no seu final. Não podemos esquecer que a base da maioria das nossas montanhas se situa já nos 200 ou 300 metros. Mas, pelo menos na Serra de Arga e na Ilha do Pico realizam-se corridas verticais. Mas acredito que em serras como Montemuro, Gerês, Estrela, se realizem, ou realizarão futuramente este tipo de corridas.
Este KM Vertical do Fanal, o mais antigo do país, é uma prova do Campeonato Nacional de Corrida Vertical, com uma extensão de 3980 metros, fazendo com que tenha uma inclinação média de 25%. Mas há zonas onde a inclinação será superior a 40%, quase garantidamente.
Como todos sabem, a Madeira é um local paradisíaco, com paisagens de cortar a respiração. Ora, para mim, o Fanal é das zonas mais bonitas. Em plena Laurissilva, é onde se encontra uma das maiores reservas da majestosa árvore Til, que nos dá uma paz de espírito fora do comum. Toda a subida é feita no coração desta floresta, património da UNESCO, atravessando ribeiros, cruzando árvores, subindo escadas das antigas veredas cheias de verdete, num ambiente húmido, de natureza quase virgem, onde só circulam pontualmente uns malucos a correr ou alguns turistas mais aventureiros.
Como se tratava da atribuição do Campeão Nacional da Especialidade, o nível competitivo foi elevado, contando com a presença de alguns atletas do top nacional, como Tiago Aires, ou Ester Alves.
 Assim, a classificação final foi a seguinte

Masculinos
Femininos
1.º Vítor jesus – 39´40´´
2.º Ricardo Gouveia – 40´23´´
3.º Tiago Aires – 41´50´´
1.ª Cristina Nascimento – 49´09´´
2.ª Ester Alves – 53´18´´
3.ª Carla Brandt – 56´15´´

Tenho de deixar uma palavra de apreço à organização, da responsabilidade  do Clube de Montanha do Funchal. Para além de uma boa sinalização e de uma logística bem montada, como nos tem habituado, não fosse também a entidade responsável por outros grandes eventos, como o MIUT, o que mais me impressionou nesta prova, foi o valor da inscrição, e aquilo que ofereceu. Por 6 €, os atletas tiveram direito à inscrição, com respetivo seguro de prova, transporte da base para o local de partida, do local de chegada para a base, alguma nutrição com sólidos e líquidos no final da prova e um almoço, no final da prova!
Ultimamente tenho sido um crítico em relação a muitas organizações, que querem pagar as provas só com o contributo dos participantes. Os atletas dão o contributo com a sua presença, ajudam nas despesas da prova, mas nunca poderão pagar por inteiro o evento. Antes de se organizar, tem de se perceber se haverá sponsors capazes de suportar parte dos custos, sejam eles públicos ou privados. Claro que assim dá muito mais trabalho, mas só assim deverá ser. É impensável andar a fazer mensalmente provas comuns (não falo de grandes eventos) e pagar 15 ou 20€!
Para terminar, falar um pouco da minha experiência e sensações da prova. As sensações foram ótimas, prazer do início ao fim, ao contrário do que acontece muitas vezes nas provas de estrada, onde apetece encostar para o lado e parar. O esforço em subida é-me muito inferior ao de provas de estrada, apesar de frequências cardíacas muito semelhantes. Coisa estranha, será mesmo o grande prazer que “esconde” o esforço.
A classificação foi um 14.º geral da Geral, com o tempo de 49`08”. Bom, muito bom, pois foi a 1.ª experiência nestas andanças. Para o ano a repetição é garantida, com outro treino, para ver o que se consegue melhorar.
Despeço-me com um convite para que experimentem umas destas provas verticais. Como referi, não são ainda muitas, principalmente em Portugal Continental devido às dificuldades técnicas e conceito relativamente recente. Mas, com certeza que o número de eventos vai começar a aumentar. Aqui, pela ilha da Madeira, dia 18 realiza-se o TABUA VERTICAL KILOMETER, organização a cabo do Clube de Aventura da Madeira, em colaboração com a Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal ( http://kmvertical.camadeira.com/?p=937).
Infelizmente não estarei na Região, de outra forma lá marcaria a minha presença.

Carlos Oliveira


1..º Classificado Masculino - Vitor Jesus
















1.º Classificado Feminino - Cristina Nascimento