PUBLICIDADE

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Há quanto tempo não faz um exame médico no âmbito da sua atividade física?

Uma grande percentagem dos atletas amadores que, de uma forma regular, fazem as suas corridas, muitas vezes inseridas em momentos competitivos, como as corridas de rua, o trail running ou as provas de BTT, negligenciam por completo a realização de exames médicos que comprovem a sua aptidão para a prática desportiva.
A maioria dos leitores deste artigo já estará a pensar: “pois, já nem me lembro da última vez que fiz um eletrocardiograma, um raio-X ao tórax, umas análises” e, em última instância, “uma prova de esforço”.

Se, no desporto de alto rendimento, os atletas são encaminhados para os centros de medicina desportiva existentes no país, onde realizam os exames protocolados com a modalidade desportiva praticada. No desporto amador, mesmo federado, não há praticamente nenhum controlo de exames médicos por parte de clubes e atletas!
No entanto, o nível competitivo no desporto amador é de tal forma elevado que há imensos atletas amadores com planos de treino, uso diário de suplementos alimentares desportivos, treinos em volume e intensidade elevados… aliás, há amadores que treinam como profissionais de alto rendimento! Desses, quantos já fizeram, por exemplo uma prova de esforço, ou RX ao tórax, um ECG?
Apesar de a prova de esforço não estar protocolada como um exame complementar de diagnóstico na prática desportiva para atletas amadores, a verdade é que é efetivamente o momento em que o médico consegue ver a evolução do nosso sistema cardiovascular numa situação de esforço semelhante à praticada nas provas. Ninguém poderá dizer que não é útil… Não será protocolada devido aos valores monetários que implica, assim como os recursos humanos e materiais que poderão não ser suficientes…

A morte súbita no desporto acontece, infelizmente. E têm acontecido bastantes casos nos últimos tempos, especialmente em modalidades de longa duração e intensidade. Basta fazer uma pequena pesquisa na internet… quase todos, em atletas amadores!
A maioria de nós tem ânsia de se superar e, nas provas, leva o corpo ao limite, ou perto dele. A título pessoal, sou dos que o faço… Nas provas levo quase sempre o medidor de FC, não olho para ele, mas em casa tenho curiosidade de ver como decorreu a prova. Muitas vezes não gosto do que vejo, é a verdade…
Preocupo-me em fazer exames médicos de uma forma regular. Ainda há alguns meses voltei a fazer uma prova de esforço. É agradável ouvir o médico dizer que está tudo bem, que se vê um coração habituado ao esforço, a estabilizar em determinados patamares, e que tudo está dentro da normalidade. Claro que gasto algum dinheiro, provavelmente já não compro aqueles calções XPTO naquele ano, mas são opções.
O alerta que deixo é: façam alguns dos exames que referi anteriormente com regularidade. Preferencialmente, procurem médicos associados à medicina desportiva. Estejam atentos aos sinais do vosso corpo: palpitações, desmaios, fraqueza, dores no peito…


Carlos Oliveira

sábado, 25 de junho de 2016

Provas de Aferição em Expressão Físico-Motora: novidade no calendário escolar 2016/17

Já saiu o calendário escolar 2016/17. Grande novidade: provas de aferição, no 2.º ano do 1.º ciclo, a Expressões Artísticas e Físico-Motoras. Sem saber como se irão realizar essas provas, espero que os resultados demonstrem que é necessário um maior investimento nessas áreas, desde a base! Há milhares de crianças que, tirando as atividades físicas escolares, não praticam desporto em mais lado nenhum. Muitas vezes porque os pais não os puxam para a rua, para brincar! Não esqueçam que, nestas idades, brincar com os pais a jogar à bola, andar de bicicleta, pequenas corridas é muito importante, quer por questões físicas, quer por questões afetivas....

Sobre este tema, escrevi em 2014 um artigo com que muitos profissionais de educação física se debatem: a falta de motivação das crianças. Se a motivação não é intrínseca, torna-se difícil motivar um menino aos 10 anos, quando até essa idade a maior tempo das brincadeiras dele não envolveram o manuseamento de bolas, os saltos, as corridas: http://www.viveodesporto.com/2014/11/a-importancia-da-pratica-da-atividade.html
Muitos pais esperam que essas atividades aconteçam no 1.º ciclo. Mas, a verdade é que a expressão física – motora no 1.º ciclo é insuficiente, como essas provas de aferição, a serem bem aplicadas, irão comprovar…


Carlos Oliveira

sexta-feira, 17 de junho de 2016

CÃIBRAS – CAUSAS E FORMAS DE AS EVITAR



As cãibras são espasmos musculares muitas vezes prolongados e dolorosos. São contrações musculares elevadíssimas, mantidas por reflexo neurológico, isto é, são involuntárias.  São mais frequentes em desportos com mudança de intensidade. Mas também acontecem em desportos de duração longa,  com movimentos repetitivos.

Há pessoas mais predispostas a ter cãibras e as causas são múltiplas:
·         Exercício de intensidade pouco usual;
·         Exercícios pouco comuns, ou pouco treinados;
·         Mudança de terreno de treino, ou competição;
·         Falta de líquidos,
·         Falta de minerais, tais como sódio, magnésio, potássio.
·         Alterações da temperatura ambiente (muito calor, ou muito frio);
·         Fadiga: acidificação muscular (ácido lácteo);

COMO PREVENIR AS CÃIBRAS

O treino e a alimentação são as principais formas de prevenir o aparecimento de cãibras nas provas:
·         treino deve implicar mudanças de intensidade, de forma a simular a competição e “habituar” o músculo a estas intensidades;
·         Alimentação rica em carbohidratos, potássio, magnésio e cálcio.
·         Muita hidratação nos treinos/provas e, nos dias de maior calor, adicionar mais sais à dieta;
·         Aumento da ingestão de glicogénio, nos dias imediatamente anteriores às provas de longa distância;
·         Fazer cerca de 1 hora de atividade lenta, no dia anterior à prova.

COMO RECUPERAR DAS CÃIBRAS

·         Relaxar o músculo atingido e alongar o músculo oposto. Ex: se tiver cãibra no quadricípite, alongue o isquiotibial;
·         Massaje o músculo atingido numa técnica de aproximação (tentando aproximar as fibras musculares;
·         Parar de imediato a atividade (normalmente somos obrigados a isso)
·         Para além disto, não há muito a fazer para parar a cãibra. O melhor mesmo é evitá-las…


Carlos Oliveira 

quarta-feira, 8 de junho de 2016

78.ª Volta a Portugal em Bicicleta - Inédita em várias situações: São Macário, duas subidas à Torre, passagem no troço de terra da especial de rally da Lameirinha.

Está lançada a volta a Portugal em Bicicleta.
Com três excelentes etapas de montanha, a Volta deste ano vai ter montanha em quantidade e qualidade, o que aumenta sempre a espetacularidade das etapas.
Dou um especial destaque à etapa 5, com uma passagem inédita pelas “montanhas mágicas” da Arada e S. Macário.  A subida de S. Macário é, muito provavelmente, a subida mais dura a realizar em Portugal Continental, isto retirando as subidas na serra da Estrela. É uma categoria especial quando se faz até ao topo, com a parte final a cerca de 17%. No caso da passagem deste ano, ficará por uma categoria 1, pois a cerca de 1km do topo segue para a serra da Arada. Vai ser um momento espetacular, espero que já com transmissão televisa. As imagens de helicóptero vão permitir ver a beleza desta serra, com especial enfoque na Aldeia da Pena e as lagoas e quedas de água espalhadas pela serra. Essa etapa segue para Viseu, onde termina. Espero que seja a preparação para um fim de etapa no S. Macário, nas próximas edições da Volta.

Na etapa seguinte, a sexta , também a particularidade de duas subidas à Torre, mas sem a beleza de terminar em alto. Pois, após a última subida, descem em direção à Guarda. Vai ser uma etapa onde a montanha vai ser decisiva também pela dificuldade da descida final, apesar de ainda longe da meta.  Para mim, fica a tristeza de não terminar no ponto mais alto de Portugal continental.
Antes disso, não esquecer na 2.ª etapa, a passagem pelo troço de terra da especial da Lameirinha, em terra batida, que coincide com uma subida de 2.º categoria, no "salto da Pedra Sentada". 
Quanto às equipas, que estejam fortes, dentro daquilo que sabemos. Sporting, Porto, Caja Rural, e outras equipas Continental fazem parte do grupo de equipas que vão animar as estradas nacionais. Se vierem com os seus melhores elementos, poderá ser uma Volta bastante competitiva.

Como já foi referido, por imensas equipas estrangeiras, temos trajeto, temos público, temos excelente cobertura televisiva.... Vamos ter VOLTA!