A
utilização do gelo no tratamento de lesões desportivas, ou outros processos
inflamatórios traumáticos (crioterapia) faz parte do senso comum e, de uma
forma geral é utilizada por todos. Convém, no entanto, perceber como funciona e
como deve ser aplicada.
Como funciona?
Quando
ocorre uma lesão traumática ocorre o extravasamento/libertamento de sangue, através de vasos
sanguíneos que rompem, com libertação de diversas substâncias que começam o
processo inflamatório. As principais características desse processo inflamatório
são o calor, a vermelhidão (rubor), o edema (inchaço), a dor e a perda de
função do tecido. A aplicação do frio no local da ferida (crioterapia)
proporciona a diminuição da temperatura no local, provocando um processo de
vasoconstrição, diminuindo a quantidade de derrames na zona afetada.
Para
além de diminuir o edema, o gelo também diminui a dor, uma vez que baixa o
metabolismo na zona afetada, fazendo com que as células nervosas e os receptores
da dor (responsáveis pela sensação de dor) trabalhem mais lentamente.
Principais
indicações nas lesões musculares e ortopédicas:
-
Efeito analgésico;
-
Contenção do processo inflamatório e do edema;
-
Diminuição da área lesionada afetada;
-
Diminuição do metabolismo celular;
Como
deve ser utilizada a crioterapia
Como
facilmente se percebe, os efeitos da crioterapia são mais eficazes, quanto mais
rapidamente se atue nos pós traumático. A utilização do gelo logo após a lesão desportiva
evita o agravamento da mesma e uma mais rápida recuperação.
A
crioterapia deve ser utilizada nas primeiras 48 a 72 horas imediatamente
seguintes à lesão desportiva, com a aplicação do gelo no local durante cerca de
15 a 20 minutos (sem contacto direto com a pele) de forma a evitar queimaduras. ( o gelo em contacto direto com a pele provoca queimaduras). Uma utilização superior a esse tempo pode provocar a destruição de tecidos
saudáveis. Deve repetir a ação várias vezes ao dia, a cada cerca de 2 ou 3
horas.
A forma
mais fácil de fazer crioterapia é através de sacos de gelo, também chamados de
compressas. São baratos e devem fazer sempre parte da pequena farmácia de casa,
tal como o betadine, os pensos, etc…
Carlos Oliveira
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