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terça-feira, 13 de outubro de 2015

"Andar na roda" no ciclismo: quanta energia se poupa?

Andar na roda no ciclismo é uma vantagem enorme, como já todos sabemos. De tal forma, que em modalidades como triatlo, essa opção não é permitida, de forma a obrigar todos os atletas a passar pela frente e não haver os chamados oportunistas.
Já no ciclismo de estrada o andar na roda faz parte da estratégia das equipas, que trazem os seus líderes protegidos nas rodas dos companheiros até aos momentos mais importantes da etapa.

Quanta energia se poupa  em andar na roda?

De acordo com os especialistas, andar na roda pode trazer benefícios enormes, dependendo da velocidade e do tamanho do objeto, neste caso ciclista, que vai à nossa frente, assim como do vento que se faz sentir.
O Dr. Benjamim Carvalho, grande especialista em fisiologia e ciclismo,  escreveu nos dos seus posts o seguinte:

“Acima de 20 km hora, velocidade em terreno de montanha, um ciclista poupa cerca de +- 10% de de energia. Isto é: se o ciclista que puxa debitar 300 Watts o ciclista na roda gastará 270 watts. Em etapas de montanha isto torna-se mais notório para ciclistas de pequeno tamanho uma vez que se seguirem ciclistas de maior superfície frontal o beneficio torna-se ainda maior.
Mesmo a 15 metros de distancia há um beneficio de +-6% se a velocidade for à volta dos 45-50 km o que corrobora a ideia de impedir que em competição e nomeadamente nos CRONOS as motos serem obrigadas a seguir a grandes distancias dos ciclistas…
O que é preciso é ser esperto, poupe-se…quando se sentir forte deve guardar a força para quando ela for necessária…quem não gosta de andar na roda?...mas sempre atenção ao que vai à frente!”

A regra rege-se por, a partir dos 20km/h, poupar-se 10%. Portanto, a 40Km/h, o ciclista vai a poupar 30% em relação a quem vai a puxar. Daí que, se observarmos as etapas em que o pelotão tem de perseguir, há uma passagem constante dos ciclistas pela frente, tal o dispêndio de energia. Nessa fase muitas vezes pedala-se a mais de 50Km/h. Nestas situações particulares, quem vai no meio do pelotão pode poupar até 40%. Mas, diga-se, que nestes casos os líderes nunca vão no meio do pelotão, pois as desvantagens são maiores que as vantagens, devido a situações como quedas, ou fugas dos seus rivais.
Em relação ao melhor local para andar na roda, especialmente na montanha, há quem refira que a terceira posição na fila é a melhor. Se observarmos nas grandes voltas, costuma ser nessa posição que se encontram os líderes, isto quando ainda têm equipa para os “rebocar”.

Carlos Oliveira




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